Palavras ao Vento

Saturday, June 22, 2013

Às ruas, à internet! Seja desconfiado e, por favor, não se desespere

Volto a escrever aqui, após quase 3 anos sem postar. Sempre fui uma guria da internet. Conectada nos chats, ICQ, no mIRC, Fotolog, MSN, Orkut, Twitter, Facebook e, como não poderia deixar de faltar, o BLOG! Do começo da internet pra cá, muita coisa mudou, muitas plataformas ficaram esquecidas, exceto os blogs, que continuam existindo e bombando por aí. Então, acho justo reativar o meu. Não só porque continua sendo muito atual o formato (e o formato é muito importante, além do conteúdo), mas para saciar minha vontade de escrever livremente sobre qualquer assunto.

Vamos ao que interessa. Muitos fazem análises sobre o que está acontecendo no Brasil, sobre as mobilizações. A maioria está confuso, com tantas ideias sendo disseminadas, a maioria delas lunáticas, como  o boato do golpe. Porém, há também muito conteúdo lúcido. Acho bom diferenciar, como o da Nathalie, do Juntos, e o vídeo de PC Siqueira e Diego Quinteiro, que são ótimos exemplos disso.  

O mais importante nesse momento é ser desconfiado e não se desesperar. Ler bastante e formar uma opinião é fundamental, mas não se pode ser ingênuo. Tente buscar o passado de X ou Y movimento ou pessoa, para saber a opinião deste(a) sobre outros assuntos anteriores, assim, você vai saber de que lado ele(a) realmente está. 

Não se desespere, por favor. Está tudo bem, nossa sociedade sempre passou por momentos decisivos, crises. Fique calmo, respire e saia às ruas. Viva esse momento e conte pros outros, grave, escreva, fotografe. É isso aí... faça parte da história, que você não vai se arrepender depois! Às ruas, à internet!



Tuesday, November 02, 2010

Elogios criativos

Estava pensando sobre elogios criativos que ouvi ao longo dos anos... Todos foram muito inesperados... alguns foram agradáveis surpresas, outros nem tanto...

"Tua cartilagem é muito bonita" (segundos antes do cara furar a minha orelha esquerda, para colocar o piercing transversal, em 2004).

"Tu é a guria mais Rock and Roll que eu conheço". (até hoje um dos melhores elogios que já recebi, é que eu sou Rock and Roll mesmo... hehehe, em 2007)

"Tem casos que são um furacão... outros são uma brisa leve..." (não sei se se classifica como elogio, mas acho que no momento não era pra ser uma ofensa... no caso eu era a brisa leve... ¬¬ em 2010)

E assim vai... todos os dias podemos ouvir elogios do tipo "Você é linda(o)", mas nem todos os dias podemos ouvir algo como... "Nossa... nunca conheci alguém com o teu olhar.. (2010)." ahhh, soa bem melhor né? Enfim.. pequenos e inesquecíveis momentos na vida de alguém. Quando ganhamos um elogio totalmente inesperado!

Friday, June 04, 2010

Apresentação da Comissão Estudantil de Investigação à sociedade gaúcha

A Comissão Estudantil de Investigação (CEI) é um órgão criado pelo Conselho das Entidades de Base (CEB) da UFRGS em reunião extraordinária no dia 27 de maio de 2010. É, portanto, legitimamente constituída pelo CEB, que representa os mais de 25 mil estudantes de graduação da UFRGS.
É composta por 19 Centros e Diretórios Acadêmicos e tem como tarefa investigar as denúncias de corrupção contra a atual Diretoria Executiva do DCE da UFRGS apresentadas ao CEB pelo ex-advogado da gestão Régis Antônio Coimbra.
Aprovou-se na primeira reunião da CEI o seguinte secretariado: Centro Acadêmico dos Estudantes da Geologia, Diretório Acadêmico da Economia, Contábeis e Atuariais, Coletivo dos Estudantes das Ciências Sociais, Diretório Acadêmico da Faculdade de Educação, Diretório Acadêmico da Comunicação, Centro Acadêmico André da Rocha e Centro dos Estudantes da Biomedicina.
A data de entrega de nosso Relatório Final será dia 21 de junho de 2010.
Assim, nos remetemos formalmente aos estudantes e à Reitoria da UFRGS, ao Ministério Público Federal e aos demais interessados na total apuração, transparência e efetividade do trabalho que nos foi designado.


Comissão Estudantil de Investigação

Wednesday, June 02, 2010

DCE da UFRGS será investigado por corrupção

Pivô do escândalo se licencia para concorrer a deputado estadual


Na segunda-feira, 31 de maio, acontecerá a primeira reunião da Comissão Estudantil de Investigação (CEI). Composta por 21 Centros e Diretórios Acadêmicos (CAs e DAs), a CEI terá como missão passar um pente fino na gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), inundada por graves denúncias de corrupção. Marcel Van Hattem, diretor de Relações Institucionais da entidade e um dos principais denunciados, licenciou-se do cargo nesta sexta-feira, 28, para concorrer a Deputado Estadual pelo Partido Progressista.

A noite da quinta-feira, 27, já está gravada na história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Representando mais de 20 mil estudantes, 29 CAs e DAs estiveram reunidos, na Faculdade de Economia, para ouvir as denúncias de corrupção contra a gestão do DCE realizada pelo ex-advogado da própria gestão Régis Antonio Coimbra.

Eram quase 19h quando começou o depoimento do advogado relatando a apropriação indébita de recursos financeiros pelo presidente Renan Arthur Pretto, estudante de Administração. Explicou em pormenores o desenrolar de uma série de conflitos internos que se sucederam após, segundo ele, Pretto, a mando de Marcel Van Hattem, retirar 5 mil reais do caixa do DCE. Trouxe à tona as ameaças sofridas pela vice-presidente Claudia Thompson e pelo tesoureiro Tiago Bonetti. Os atos de coação teriam sido, de acordo com suas palavras, realizadas por Van Hattem. Por fim, alegou que estes fatos devem levar à destituição da diretoria executiva.

A defesa do jovem Pretto não convenceu os demais representantes estudantis. O presidente do DCE alegou “inexperiência administrativa” quando “sacou o dinheiro do cofre da entidade”, por conta própria, “para pagar um fornecedor”. Porém, esse saque não foi registrado e a nota fiscal que comprova o pagamento, segundo Pretto, foi trazida à prestação de contas dias depois. Assim, assumiu ter ficado com dinheiro da gestão sob seu domínio, sem registro no livro-caixa. A atual gestão se elegeu sobre três princípios: apartidarismo, transparência de gestão e defesa da excelência acadêmica. A CEI apresentará ao final da sua primeira reunião ordinária seu calendário de trabalho e a data da entrega do relatório final.

http://todasasvozesufrgs.blogspot.com/2010/05/dce-da-ufrgs-sera-investigado-por.html

do blog do Todas as Vozes

Monday, March 29, 2010

O MUNDO DOS SURDOS: Saiba como vivem os surdos e aprenda sobre a sua cultura. De Jerusa Campani e Sayuri Kubo.

Segundo pesquisa realizada pelo Censo Demográfico 2000, a população surda global está estimada em torno de 15 milhões de pessoas que compartilham o fato de serem linguística e culturalmente diferentes em diversas partes do mundo. No Brasil, estima-se que, em relação à surdez, haja um total aproximado de mais de cinco milhões, setecentos e cinquenta mil casos, sendo que a maioria das pessoas surdas utiliza a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Durante muito tempo, a surdez foi vista como uma doença igual a qualquer outra, que necessitava de "cura” que, normalmente, constituía-se de tentativas de oralização dos deficientes auditivos para que pudessem ser inseridos na “comunidade dos ouvintes”. Era comum que os pais de uma criança surda a colocassem em uma escola de oralização para que ela aprendesse a ler lábios e, em seguida, aprendesse a emitir sons e formar as palavras da língua nativa de seu país. Com isso, muitos surdos ficaram anos sem conhecer a sua verdadeira língua e, por isso, não conheciam também sua verdadeira cultura e seus costumes. Acreditava-se, nessas escolas de oralização, que o uso de sinais faria os alunos surdos ficarem "preguiçosos" e não se motivarem a aprender a língua falada, como era a língua de qualquer "pessoa normal". A língua falada, na verdade, não é a língua original de uma criança surda, pois, assim como os ouvintes tem a propensão em falar o português, no Brasil, por exemplo, o surdo tem a sua língua natural também, que é a língua de sinais.

Depois de muitos fracassos por parte dessas escolas e, principalmente, muitos anos de luta dos surdos pela conscientização da língua e da cultura surda, o mundo foi mudando. Para os surdos brasileiros, a língua portuguesa é sua “segunda língua”, afinal ela não veio “ao natural" como a língua de sinais. Mas ela não deixa de ser uma língua secundária apreendida pelo surdo, que apesar de não oralizar essa língua, usa-a na escrita e na leitura, como forma de se comunicar com os ouvintes. Hoje, apesar de muitas pessoas não terem conhecimento disso, as comunidades surdas se formaram e se orgulham de sua identidade.

Como chamá-los?

É preciso diferenciar os termos “deficiente auditivo”, “surdo” e “surdo-mudo”. Por muito tempo, a comunidade surda foi chamada de surda-muda e na cultura popular, muitos chamam o surdo de “mudinho”. Na verdade não se pode dizer que eles não "falam" a língua, nem que são mudos. A criança que nasce com “perda auditiva profunda só será surda-muda se até os dois anos de idade se ela não for estimulada a falar, sem desenvolver a linguagem”, como explica otorrinolaringologista Maurício Miura, “se a criança receber algum tipo de orientação elas irão desenvolver a linguagem, a capacidade de falar”.

Assim, são considerados mudos aqueles que possuem algum impedimento nos variados órgãos envolvidos na emissão da fala; os surdos, em geral, não possuem esse impedimento. O que ocorre é uma falta de feedback, ou seja, não falam porque não podem se ouvir. Mas esse não é o argumento mais usado pelos surdos, que se valem de uma compreensão cultural da surdez para dizer que se comunicam em uma modalidade gestual até hoje pouco conhecida entre os ouvintes: pela LIBRAS, eles falam, só que com as mãos. Assim como ouvem com os olhos. É uma outra forma de se comunicar, mas que funciona perfeitamente para eles e para quem mais quiser aprendê-la.

Segundo Miura, a principal causa, no Brasil, para uma criança nascer surda, ou seja, com uma deficiência auditiva profunda, é a ocorrência da rubéola (doença infecciosa causada por vírus do gênero rubivirus) durante a gestação. A forma mais utilizada de prevenção contra a rubéola é a vacina. “Outra causa comum é o tocotraumatismo, que é um problema na hora do parto, podendo ser a falta de oxigênio para o bebê ou outras complicações, porém ainda há causas desconhecidas”, garante o otorrinolaringologista.

Há quem tente não ser “preconceituoso” usando o termo deficiente auditivo. No entanto, essa também não é a forma como os surdos devem ser chamados. Afinal, deficiente auditivo é o termo clínico que define o grau da surdez e que aparece nas audiometrias que dizem se a perda da audição do sujeito surdo é leve, moderada, severa ou profunda, classificações apresentadas em gráficos de freqüência e em medidas de decibéis. Nos níveis leves e moderados, a criança desenvolve a fala normalmente, eles são considerados pela medicina deficientes auditivos e não surdos. A comunidade surda defende que “deficiente auditivo” não é um bom termo, pois coloca em primeiro plano o déficit, aquilo que falta para os surdos em relação a uma norma ouvinte. Em uma perspectiva cultural, pode-se dizer que os deficientes auditivos são aqueles que vivem a condição da surdez como deficiência, aqueles que são subjetivados pelo discurso da ausência e conduzidos a passar a vida correndo atrás da “tal cura” da surdez, através do aprendizado arcaico da leitura labial e da fala.

A cultura surda

Existem milhares de organizações de surdos no mundo inteiro. A comunidade surda brasileira organizada, representada pela FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos) fez uma campanha, alguns anos atrás, buscando divulgar a seguinte ideia em camisetas e adesivos onde se lê: Surdo – mudo: apague essa ideia, colocando um X sob a palavra mudo.

Assim, o termo surdo é o preferido por eles. Surdo não como deficiente, mas como minoria linguística, como comunidade, como grupo social. Através da Língua de Sinais, ao longo dos séculos, os surdos foram formando uma cultura própria centrada principalmente na forma de comunicação utilizada por eles. Em quase todas as cidades do mundo vamos encontrar associações de surdos onde eles se reúnem e convivem socialmente.

Visitamos o CMET (Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire), uma escola de ensino fundamental, localizada no centro de Porto Alegre. Lá, existem turmas específicas para surdos, cegos, deficientes mentais e pessoas “normais”. Assim que chegamos, fomos muito bem recepcionadas por um grupo de surdos que se comunicaram conosco por LIBRAS. Alguns falavam algumas palavras, mas sempre gesticulando com as mãos o que diziam. Muito sorridentes, nos encaminharam para a sala do coordenador do ensino de surdos da escola, Prof. Gilberto Maia.

Durante a entrevista, Maia destacou a idade elevada com que os alunos surdos entram na escola, por volta dos 14 anos. Segundo ele, isso acontece porque a rejeição dos pais quanto à deficiência desses jovens é muito alta. Eles perdem muito tempo tentando se inserir no mundo dos ouvintes, muitas vezes sem sucesso, por insistência dos pais. Maia falou também sobre a facilidade que muitos desses alunos encontram no aprendizado da escola, depois de terem o domínio da LIBRAS, além de conseguirem se comunicar e se relacionar muito melhor, por poderem expressar suas ideias e sentimentos através das mãos.

Após a conversa com professor, conhecemos a escola e seus alunos. Em cada sala que entrávamos, cada um se apresentava dizendo seu nome (soletrado pelo alfabeto de sinais) e o seu sinal (que é como eles se identificam dentro da comunidade surda). Na aula de Artes, a professora Rossana Sacco mostrou-nos os trabalhos de conscientização ambiental, como as esculturas de papel machê. Dentre estas esculturas, uma forma bastante interessante se destacava: a mão é a inspiração de muitos deles, pois é através dela que os surdos podem se comunicar com o mundo.

Presenciamos uma aula de Educação Física, em que os alunos estavam praticando alongamentos com a professora Karin Wentzel. Todos eles ficaram muito felizes com a nossa presença, e muitos fizeram questão de posar para as fotos. Este gesto deixou claro o desejo que eles têm de se relacionar e, principalmente, de chamar a atenção da sociedade ouvinte para a sua cultura.

Surdo, sim, com muito orgulho!

Cláudio Mourão, conhecido como Cacau, é surdo desde que nasceu. Um C feito com a mão direita dançando sobre a mão esquerda é o seu sinal, o que já mostra muito de sua personalidade e da sua primeira forma de expressão natural: a dança. Foi através dela que ele pôde descobrir a sua verdadeira língua, a LIBRAS. Com 24 anos, Cacau teve a oportunidade de dançar no Rio de Janeiro, foi onde aprendeu a língua de sinais, que até então não conhecia. Ele se comunicava com a família oralmente, fazendo leitura labial. “Nossa comunicação era incompleta e precária. Se eles soubessem LIBRAS, seria diferente, pois teríamos uma comunicação completa com informações ricas”, conta Cacau.

Formado em Educação Física, hoje mestrando em Educação e professor de LIBRAS na UFRGS, Cacau também dá aula de dança e teatro para surdos. Segundo ele, dançar no ritmo não é um problema. Através da vibração do som, ele consegue seguir o compasso da música. Além disso, ele ministra palestras e oficinas pelo Brasil.

Cacau tem uma vida completa e se sente realizado pessoal e profissionalmente. Não se considera um “deficiente auditivo”, muito menos um “surdo-mudo”. Tem orgulho de sua língua natural e sabe de sua importância para a comunicação dos surdos. Porém, ainda encontra alguns impasses: “a dificuldade que encontro é na acessibilidade à comunicação como legendas na TV e nos filmes brasileiros nos cinemas. A falta de intérprete de língua de sinais nos diversos eventos também é um problema [...] Acredito que se mais pessoas soubessem, no mínimo, o básico de LIBRAS seria muito mais fácil a comunicação. Assim como se aprende um básico de inglês e de espanhol para se comunicar com os estrangeiros”

Seu lema de vida é “Todos os Surdos são deficientes auditivos, mas nem todos deficientes auditivos são Surdos.” de Bianca Ribeiro Pontin.

Renata Heinzelmann nasceu surda. Foi para a escola de surdos quando tinha apenas 10 meses de vida, a medida que foi crescendo, aprendeu a falar português e também a língua de sinais. Renata é formada em Letras/Literatura e ainda está cursando Letras/LIBRAS, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ela trabalha na FADERS (Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades) como instrutora de LIBRAS e no Projeto Rumo Norte, como professora de português.

Renata deu à luz a sua primeira filha, em junho deste ano. Ela diz que a gestação foi muito boa e ela nasceu de parto normal. “Não tenho dificuldade de comunicar com ouvintes, porque faço leitura labial, lá no hospital algumas pessoas que me atenderam sabiam usar a língua de sinais, mas pouco”, conta.

Renata defende que os ouvintes que quiserem relacionar-se com os surdos, primeiramente precisam saber a língua de sinais e depois a cultura, a comunidade, etc. “O mais importante é que eles tenham o contato com os surdos para conhecerem os diferentes níveis surdos”, diz Renata, que acha que a convivência de ouvintes e surdos seria muito boa para ambos.

Deficiente Auditiva, mas não surda.

Flávia Terra é pedagoga, massoterapeuta e deficiente auditiva. Ao contrário de Cacau, Flávia não se comunica pela língua dos sinais. Ela tem a fala totalmente desenvolvida devido ao esforço de sua avó, a única que se dispôs a ajudá-la a superar sua dificuldade. O diagnóstico certo demorou a ser descoberto. Na sua infância, a deficiência auditiva não foi detectada por seus pais, por ela ter aprendido, naturalmente, a leitura labial. Ela falava sem escutar sua voz, mas não sabia que isso era um problema. Ao entrar na escola, outras dificuldades surgiram em razão da surdez parcial: para ler os lábios, forçava muito os olhos, o que lhe fez usar óculos; além de falar muito alto sem perceber, sendo motivo de risadas de seus colegas. Aí começou a luta pela superação de sua deficiência.

Na adolescência, depois de procurar muitos especialistas, ela coloca o primeiro aparelho auditivo, e pela primeira vez, aos 16 anos, ouve sua própria voz. Assim como o barulho da chuva, do vento e do mar. Flávia se emocionou contando esse momento tão marcante de sua vida.

Desde então, ela luta pela inclusão do deficiente auditivo na comunidade ouvinte. Conta que sofreu muito preconceito e que, mesmo dentro da faculdade, percebeu a falta de preparo para receber esses alunos. Ela acredita que, aonde vai, dissemina a necessidade de implementar medidas voltadas a inclusão dos surdos. Flávia se considera uma pessoa muito próxima dos “dois mundos” já que os deficientes auditivos se identificam com ela e com toda sua luta, enquanto ela pode ser uma porta voz para eles. Mas seu maior sonho é ver esses “dois mundos” transformados em um só, que é o que na verdade existe, mas com uma barreira invisível no meio, a do preconceito.

Para refletir...

Nós ouvimos, vemos e sentimos de diferentes formas. Não formas melhores, nem piores, apenas diferentes. Por isso, percebemos que a ideia de que “todo ser humano é único” ficou mais evidente depois dessa matéria. É preciso vencer os preconceitos e conhecer as diversas culturas que nos cercam. A cultura surda é rica em linguagem, expressão e conhecimento de mundo. E o melhor: ela está aqui, na nossa volta, só esperando para ser conhecida e disseminada pelo mundo. Basta olhar para o lado, e perceber que existe espaço para o “diferente”. A comunidade surda está de portas abertas para quem quiser conhecê-la, entendê-la e, acima de tudo respeitá-la.

Sunday, March 07, 2010

Back to real life...

Consegui 7 cadeiras, que medo.
Hoje começam as aulas, nem parece q tive tanto tempo de férias...
queria mais um pouco.

Bem, agora veremos.
continuo procurando estágiooooo.

Monday, March 01, 2010

Acabaram as férias....

E lá se vai mais um verão.
Essa não é minha estação preferida, pelos momentos infernais que tive que passar em Porto Alegre. O verão só é bom longe dessa cidade, na verdade.
Consegui aproveitar bastante esses últimos meses sem aulas, nem estágio.
As viagens foram:
Praia do Rosa (reveillon)
Mariluz (uma semana em janeiro)
Garopaba (Duas semanas, incluindo Caranaval)
Uma praia do sul do litoral norte do RS: Magistério.

Nos dias em que fiquei em Forno Alegre, pude desfrutar da piscina da casa da minha querida amiga Júlia. Ah, que alivio. Outros, foram torturantes... mas a gt supera. E fica feliz por saber que o calor não é para sempre. Ou da companhia agradabilíssima de meus amigos nas festinhas e reuniões. Afinal, foram três formaturas (todas em Direito... q falta de originalidade) muito divertidas.

Agora já está ficando mais agradável, suportável. E agora, estou acertando minha matrícula para o próximo semestre. Serão 8 cadeiras dessa vez, 28 créditos. Tenho que aguentar a barra né... já que são 60 créditos eletivos que terei que fazer, e tenho apenas 10. Mais os obrigatórios, que faltam menos de 20.

A faculdade vai passando tão depressa. Que agonia... pois é uma fase muito boa. Amo de verdade a FABICO. Fazer jornalismo foi uma opção muito satisfatória para mim. Podem falar o que quiserem da profissão, mas é o que eu sei e o que eu gosto de fazer... acreditem.

Bem, agora vou para, na teoria, o último ano completo da fabico. Afinal, nada é pra sempre né.
Ter viajado foi fundamental para a minha vida acadêmica. Ficar um ano fora, me deu mais forças de continuar, pois não estava "enjoada" como a maioria dos meus colegas. Voltei com as energias renovadas. Enfim, todo mundo reclama, mas a fabico e a ufrgs são espaços ótimos de convivência e aprendizagem. É claro que poderia ser melhor, óbvio, para isso que eu luto também.

Enfim, o balaço da minha vida atual é bom. Estou procurando estágio atualmente, mas tenho certeza que consigo logo.