Palavras ao Vento

Saturday, September 23, 2006

Apresentação Pessoal

Cadeira de Comunicação em Língua Portugues I

Meu texto de apresentação pessoal, o qual tem os critérios exigidos pela Professora. São eles: UNIDADE TEMÁTICA, CONCRETUDE, OBJETIVIDADE, QUESTIONAMENTO...


Eu Mesma Por Meu Costume
Desde pequena, meus pais acostumaram-me a não comer nenhum tipo de carne, exceto peixe. Como toda a criança, queria estar integrada na turma e não me sentia bem com idéia de ser diferente dos outros. Por isso me perguntava: será que sou normal? Assim, os anos foram passando e continuo mantendo essa alimentação “pseudovegetariana”.
A maioria das pessoas não entende como eu posso não comer carne, ainda mais no Rio Grande do Sul, em que o churrasco é quase sagrado. Certa vez, fui conhecer a família de um namorado meu; quando eu citei que não comia carne vermelha nem frango, pronto, a surpresa foi geral. Essa é a parte em que começa o interrogatório: “Mas como?! Por que você não come carne?”, “tu não sentes vontade?”, “é por causa de religião, minha filha?”. Eu tento sempre ser simpática, mesmo que o questionário me incomode, na verdade, já nem me incomoda tanto assim. Foram tantas as vezes em que tive que explicar as minhas razões, que eu já estou acostumada. O motivo é: meus pais se conheceram no curso de formação de professores de Yoga, e nesta época minha mãe parou de comer carne pela influência do meu pai e da própria filosofia Indu (que é estudada pelos yogis). Desse modo, eles criaram seu casal de filhos com comidas mais naturais como arroz integral e mamadeira de aveia.
Acredito que o respeito pelo próximo deve vir em primeiro lugar, assim, gosto de que me respeitem como eu sou, com meus costumes. Não precisa concordar, só respeitar. As piadas que já ouvi são inúmeras: “não sabe o que está perdendo, não comendo carne!”, “tem certeza que não que provar um pedacinho?”. Eu também respeito todos que estão ao meu redor, e até vou em churrascos só pela reunião dos amigos e pela diversão. Entendo que sou diferente do resto do pessoal, mas quem é que não tem nada de diferente? Atualmente, que já sou adulta, não sinto mais a vergonha que sentia por não comer carne. Quando criança, até desejava ter nascido em uma família mais “normal”, ou seja, uma que comesse carne como todo mundo. Descobri que isso é bobagem, e que todos devemos nos orgulhar de quem somos e de nossa família. Meus pais tem muita coragem de terem parado de comer carne, de terem enfrentado as suas famílias e seguido a vida do jeito deles, eu os admiro muito por isso.
Enfim, essa é uma visão de um dos aspectos da minha vida. Meu pai continua dando aulas de Yoga, e a minha mãe abriu um salão de beleza. E eu? Não sei ainda o que realmente vou ser depois que acabar a minha faculdade de Jornalismo, mas isso é história para outra apresentação pessoal.