Palavras ao Vento

Monday, August 21, 2006

E desde quando me tornei tão preguiçosa?

E quem disse que eu gosto de escrever? Talvez esteja no curso errado! o.O

Estou um pouco atrapalhada ainda, em fase de adaptação à Faculdade!

Minha primeira resenha, da qual não recomento a leitura, da Cadeira de Sociologia da Comunicação, primeiro contato: Patrick Champagne!

Resenha sobre o texto “A visão mediática” de P. Champagne
O autor apresenta neste texto fatos que ocorreram nos subúrbios de Paris em diversos momentos históricos, mantendo a sua visão mediática. Assim, ele expressa principalmente o papel negativo que a mídia exerce sobre os personagens principais desses acontecimentos, ou seja, os jovens estudantes causadores dos movimentos ditos “violentos” pelos próprios jornalistas.
Concordo que a mídia tem o poder de influenciar consistentemente a população do seu país; principalmente a televisiva, que utiliza as imagens para mostrar a sua visão da notícia em questão, atingindo de forma eficiente o público. Deste modo, o autor explica os incidentes que ocorreram em Vaulx-en-Velin como um forte exemplo, que serve de argumento, para comprovar a sua tese de como os jornalistas efetuam essa influência. Existe uma forte concorrência na área da comunicação jornalística; cada repórter tem a “missão” de fazer a melhor reportagem visando principalmente os fatos que são comercialmente rentáveis. É o que realmente acontece, pois é praticamente impossível para o jornalista trabalhar na mídia – seja ela escrita ou televisiva - sem pensar nos lucros que irão retornar de sua reportagem. O autor mostra o que acontece diante da situação dos incidentes ocorridos: a violência e o vandalismo são destaque em todos os veículos de comunicação, sem que se mostrem as verdadeiras razões destes manifestos, ou seja, os problemas sócio-econômicos da população pobre da França. O autor tem razão em criticar essa postura midiática, pois esta afeta enormemente e agrava a situação dos moradores de subúrbios de Paris, que são vítimas de preconceito, principalmente os jovens por serem, em sua maior parte, descendentes de norte-africanos.
Além disso, o autor mostra ao seu leitor o principal interesse da mídia: influenciar o poder político, visando ao seu controle. Assim, Champagne é pertinente ao mostrar as verdadeiras razões da forma com que a mídia aborda as notícias, quando escreve, por exemplo, “O poder não foi forçado, por exemplo, a cuidar do problema dos subúrbios e dos estudantes? Nada menos verdadeiro. A Luta principal opõe, de fato, a imprensa e o poder político”. Esse posicionamento sincero diante dos fatos, contribui para que o leitor realmente reflita sobre os meios de comunicação e sobre como e por que as matérias são feitas. O assunto pode interessar o profissional de qualquer área, contribuindo para que em cada vez que este for ler ou assistir a alguma matéria, independente do assunto, faça uma reflexão crítica sobre o que está sendo transmitido, ou seja, comece a olhar “com outros olhos” os fatos apresentados.
Portanto, recomendo a leitura desse texto àqueles que se interessam pelo papel da mídia na sociedade mundial, visto que o autor apresenta várias situações e cita exemplos concretos, como os comentários de várias pessoas – entre elas jornalistas, jovens estudantes e pessoas comuns - sobre os casos polêmicos apresentados.